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O primeiro-ministro da Itália, MARIO MONTI, recebeu nesta terça-feira (22) o apoio das instituições europeias para realizar as reformas que seu país precisa para enfrentar a grave crise da
dívida e reativar a economia para recuperar a confiança dos mercados. Monti se reuniu em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO, e o presidente do Conselho
Europeu, HERMAN VAN ROMPUY, para apresentar seu programa de reformas, que também abordará na sexta-feira em Roma com o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, OLLI REHN.
Após afirmar que fará "tudo que puder para pôr a Europa no centro da atividade" de seu Governo, prometeu aplicar plenamente os acordos das últimas cúpulas da zona do euro e da
UNIÃO EUROPEIA (UE) e respeitar os compromissos assumidos por seu antecessor, SILVIO BERLUSCONI, inclusive o equilíbrio orçamentário em 2013. O primeiro-ministro italiano se manteve em
segundo plano na coletiva de imprensa, enquanto Barroso e Van Rompuy destacaram sua capacidade para conduzir a economia do país rumo à consolidação fiscal e orçamentária e à redução da
dívida pública, de 120% do PIB, o dobro do permitido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE. Van Rompuy considerou que todos os países da UE se beneficiarão da "impressionante
experiência" de Monti e de sua visão da Europa. "É um ativo para todos nós", frisou. Por sua vez, Barroso qualificou o primeiro-ministro como uma pessoa "comprometida,
competente e experiente" e por isso se mostrou convencido que a Itália superará a difícil prova da crise da dívida com um esforço sustentado. Apesar dos elogios, o presidente da
Comissão afirmou que o Governo italiano tem uma "responsabilidade histórica" pela frente e que os olhos da Europa e do mundo estão postos sobre o país. Por essa razão, a Comissão
Europeia supervisiona o cumprimento das reformas por parte do Governo italiano, que Monti disse que aceita sem "segundas intenções". Veja também