
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:
"Discordamos da avaliação da Standard & Poor's sobre o Brasil", afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, MÁRCIO HOLLAND, na "Brazil
Summit", seminário promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ele fez uma apresentação logo após a diretora para a América Latina da Standard & Poor's (S&P), LISA
SCHINELLER, que explicou os motivos que levaram a agência de classificação de risco rebaixar a nota brasileira no mês passado. A S&P, disse Holland, só viu o que eles achavam ser as
fraquezas da economia brasileira. "Eles cometeram um erro", afirmou Holland, destacando que o cenário na economia mundial mudou muito nos últimos meses e é bem diferente do começo
do ano. Uma das razões para essa melhora foi o maior entendimento dos investidores sobre a retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos. O Brasil, segundo o secretário, transitava de
um período de política contracíclica, adotada para contornar os efeitos da crise financeira internacional, para uma "política de consolidação". Nesse meio termo, a S&P
rebaixou o rating soberano. Holland mostrou em sua apresentação uma série de gráficos para exemplificar a melhora de alguns indicadores nos últimos anos. "A inflação foi reduzida de
altos níveis para algo em torno de 5,9%", afirmou. "Estamos focados no controle da inflação", afirmou. O secretário frisou ainda que o Brasil tem responsabilidade fiscal e
comprometimento com o regime de metas de inflação. "O país tem dez anos consecutivos com a inflação dentro da faixa da meta", afirmou. "Apesar de fatores desfavoráveis, o
Brasil manteve crescimento robusto", acrescentou. Holland frisou que o País passou por várias crises e já "se graduou" em termo de respostas a elas. O secretário citou os
"altos níveis de reservas internacionais, solidez das contas fiscais e bancos bem capitalizados e resistentes" para destacar que o Brasil está bem preparado. "Bons fundamentos
macroeconômicos permitiram ao País usar políticas econômicas de resposta", afirmou. Os anos 2000 foram classificados por ele como um período de conquistas para o País. Na sua
apresentação, Holland frisou que "este momento é bem diferente" para o Brasil, justamente pelo País ter indicadores saudáveis, seja pelo lado externo, seja pela relação
dívida/Produto Interno Bruto (PIB), que tem caído.