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A Case New Holland (CNH) anunciou ontem que investirá US$ 200 milhões (R$ 450 milhões) em sua operação brasileira, incluindo a fábrica de Curitiba. A companhia ainda define quanto cada uma
de suas três unidades receberá, mas é provável que a linha de montagem paranaense receba o menor volume do aporte o suficiente para a renovação dos modelos de tratores e colheitadeiras
produzidos no estado. Essa unidade está com apenas 40% de sua capacidade ocupada. As fábricas de Contagem (MG), onde são produzidas máquinas para uso no setor de construção, e de Piracicaba
(SP), que atende aos mercados de cana-de-açúcar, café e laranja, serão ampliadas. Em Piracicaba, a produção já chega a 80% da capacidade reflexo do bom momento das lavouras para as quais a
fábrica fornece. Os modelos dessas duas unidades também serão renovados nos próximos dois anos. Por enquanto, o investimento está dividido por setores. O da construção receberá US$ 80
milhões, enquanto o agrícola terá US$ 100 milhões. Outros US$ 20 milhões serão usados por departamentos que trabalham em conjunto, como marketing e atendimento ao consumidor. O presidente da
CNH América Latina, Valentino Rizzioli, diz que o aporte na operação brasileira da multinacional, que faz parte do grupo Fiat, é uma aposta na retomada do agronegócio. "A agricultura
do Brasil é competitiva em qualquer país do mundo. Nós investimos porque precisamos estar prontos quando chegar a hora de um crescimento mais forte", afirma. Segundo Rizzioli, o Brasil
precisa superar obstáculos logísticos para usufruir de sua superioridade no campo. "A iniciativa privada já mostrou que pode resolver esses problemas, faltam apenas regras para os
investimentos serem captados." O principal nó enfrentado no país está no segmento de grãos, atendido pela fábrica de Curitiba. Abatidos pela crise no setor, produtores passaram a
comprar menos. No primeiro quadrimestre deste ano, a CNH vendeu 49 colheitadeiras, 30% a menos do que no mesmo período de 2005.