Brasil defende abertura da ue para produtos agrícolas

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O ministro do Desenvol­vimento, Indústria e Co­mércio Exterior, Mauro Bor­ges, avisou que o acordo de livre comércio que está sendo negociado com a União Europeia só será fechado se tiver


uma abertura clara daquele mercado para os produtos agrícolas do Mercosul. "Estamos caminhando para um acordo com a União Europeia e, sem uma oferta agrícola para valer, não vamos


continuar", afirmou ontem. O Mercosul deve concluir a sua proposta final na próxima terça-feira após uma reunião de dois dias, em Caracas, do grupo técnico do bloco. A troca efetiva de


propostas para abertura dos mercados deve acontecer em junho. A partir daí, as negociações deverão levar até três anos para serem concluídas. O ministro destacou que o imposto de importação


para produtos agrícolas colocado pelo bloco europeu é elevadíssimo. As tarifas caem apenas quando as importações estão dentro de cotas atribuídas a alguns países. "Queremos multiplicar


em quatro ou cinco vezes as nossas exportações de produtos agrícolas e extra cota é impossível o comércio. Não temos outra opção que não o livre comércio", afirmou. Segundo o ministro,


a proposta dos países do Cone Sul englobará entre 87% e 90% do comércio com a União Europeia. A redução de tarifas será gradual e a entrada em vigor do livre comércio ocorrerá em até 15


anos.