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A terça-feira (22) foi de pouca oscilação no mercado de câmbio e alguns ajustes de posição fizeram o dólar encerrar com discreta alta. Após cair a R$ 1,935 na mínima do dia, logo na
abertura, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,944, com alta de 0,21%. Na véspera, a moeda fechou com a menor cotação desde 3 de janeiro de 2001, a R$ 1,940, puxada pelas entradas
expressivas de moeda estrangeira e pelo superávit na balança comercial. "O mercado à vista está fraco... quando os volumes são pequenos, qualquer remanejamento de posição causa um
impacto no mercado", afirmou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper, antes do leilão de compra do Banco Central. "O movimento de hoje, essa oscilação de 0,50% no dia
(entre mínima e máxima), não representa uma tendência", completou. Segundo o operador de uma corretora nacional que não quis ser identificado, perto do fechamento o volume de negócios
registrados era de cerca de US$ 4 bilhões, mas a maior parte era de operações conjuntas com o mercado futuro. "No (mercado) à vista foi parado", disse. AÇÃO DO BC O Banco Central
realizou leilão de compra de dólares à tarde e aceitou entre dez e 12 propostas, de acordo com operadores. A agenda econômica do dia foi fraca, o que também colaborou para a menor oscilação
no câmbio. Embora algumas tesourarias tenham ajustado posições, analistas ponderaram que a tendência ainda é de queda do dólar. "Está entrando muito dinheiro no país com a taxa de juro
alta, e o câmbio pode ir a R$ 1,80", avaliou Rodrigo Bresser-Pereira, sócio-diretor da Bresser Asset Management. "A taxa de juro que a gente tem no mercado está muito alta
comparada ao risco do Brasil, se o BC não tomar medidas para acelerar a convergência do juro para o risco, o dólar vai continuar em queda... e fechar o ano a R$ 1,90". O mercado já está
apostando em um corte maior da taxa básica de juro na reunião de junho. A pesquisa semanal do Banco Central, divulgada na véspera, mostrou que o mercado prevê uma redução de 0,50 ponto
percentual da Selic, para 12,0% ao ano.