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_DVD _ MACALÉ _Jards Macalé, com participações de Adriana Calcanhotto, Ava Rocha, Elton Medeiros, Frejat, Luiz Melodia e Thais Gulin. Direção de Eryk Rocha. Canal Brasil/Biscoito Fino. 72
min. R$ 47,90. Documentário. _ Quinto longa do cineasta Eryk Rocha que lhe rendeu um prêmio de melhor direção no Festival de Cinema do Rio, Macalé registra a rotina de estúdio de Jards
Macalé durante as gravações do álbum Jards, lançado em 2011. O diretor, filho de Glauber (1939-1981), usa uma linguagem pouco convencional para DVDs musicais em um retrato poético e
sensorial do músico, que é flagrado ora durante os takes para o disco, ora em momentos de introspecção e cabisbaixa descontração, enquanto pesca notas ao piano e fuma um cigarro. A gravação,
que conta com participações especiais, foi feita a convite do Canal Brasil, que agora lança o DVD em parceria com a Biscoito Fino. A direção musical é de Cristóvão Bastos. Por que assistir?
Além do apuro estético audiovisual, Macalé captura um artista brasileiro dos mais interessantes em momentos preciosos, que dão uma amostra de sua liberdade e inventividade musical
qualidades que o fizeram tanto dialogar quanto correr à margem das linhas centrais da música brasileira. (RRC) _Livro _ O BEM-AMADO _Dias Gomes. Bertrand Brasil, 126 págs., R$ 32. Teatro. _
O melhor livro para ler nesta semana de véspera de eleições é esta deliciosa farsa sociopolítica sobre a raiz das patologias sociais que fundaram a nossa república. A figura do Coronel
Odorico Paraguaçu é a encarnação tragicômica em escala provincianamente próxima dos mais sinistros caudilhos da vida política da América Latina. Ler o texto da peça de Dias Gomes (1922-1999)
é ainda mais saboroso para quem acompanhou a fantástica versão televisiva feita pela Rede Globo em novela e série nos anos 1970 e 1980. A sátira mordaz segue atualíssima. O texto é musical
e muito engraçado. Os 15 personagens da peça escrita em 1962 e passada em um lugarejo perdido do interior baiano dão conta de muitos dos costumes, idiossincrasias, mazelas e também
cordialidades da alma brasileira. Preste atenção: A editora Bertrand Brasil relançou neste mês vários volumes com a dramaturgia de Dias Gomes. É a oportunidade de reler (e remontar) os
textos sensacionais deste crítico fino, irônico e insubstituível. (SM) _Livro _ ESTE NÃO É UM LIVRO DE PRINCESAS _Blandina Franco e José Carlos Lollo. Peirópolis, 40 págs; R$ 36. Infantil. _
A personagem do livro de Bladina Franco e José Carlos Lollo não usa vestido de veludo ou coroas vistosas. Tampouco, espera o príncipe encantado chegar em um cavalo branco. Ela, como todos
nós, está sujeita aos imprevistos da vida, tem imperfeições e não se envergonha delas. A obra infantil Este Não É um Livro de Princesas é um alento para os pais que desejam dar aos filhos
algo diferente para ler, já que, de forma sutil, acaba desmontando vários estereótipos da infância, cultivados nos contos de fada, direcionados sobretudo para as meninas. Também ajuda a
expandir a imaginação que acaba ficando dentro de um padrão estabelecido (de que as meninas sempre querem ser como princesas). É interessante, ainda, como, em frases curtas e diretas, a
autora trabalha com a valorização da imagem da criança, ressaltando para as meninas que sendo gordas, magras, baixinhas, loiras ou ruivas, elas são especiais, por diversos outros motivos.
Observe: as charmosas ilustrações de José Carlos Lollo. Os desenhos, que imitam um bordado, dão uma graça extra ao livro. (IR) _CD _ PLEASE Sondre Lerche. Mona Records. Importado. US$ 9,99
(CD ou iTunes). Indie rock. Lançado na última terça-feira, dia 23, e inédito nas lojas nacionais (provavelmente por um longo tempo), o oitavo disco de estúdio do norueguês Sondre Lerche
narra, faixa a faixa, o fim de um amor. Calcadas no já característico indie pop de pegada jazzie consolidado ao longo dos anos pelo músico, as dez canções do novo trabalho passeiam por
diferentes sentimentos e revelam os bastidores do fim do casamento de Sondre com a atriz e cineasta Mona Fastvold, no ano passado. Preste atenção: nas letras das músicas, que dão unidade ao
disco. Destaque para o refrão cortante de "At Times We Live Alone"; o "centro da narrativa" "Sentimentalist"; os vocais deliciosos de "At a Loss for
Words"; e a melancolia bem-humorada de "Lucky Guy". (JG)