A nave do Meca Car Show

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No que depender do técnico em eletrônica, Enoir Gregorini, o título de o carro mais tunado da América do Sul continuará em solo brasileiro. O paranaense de Medianeira (Sudoeste do estado) é


o responsável por criar o Corsa "Fuscão Branco", um dos representantes nacionais no segundo desafio internacional do Meca Car Show, que ocorre neste fim de semana, no Marumby


ExpoCenter, em Curitiba. No ano passado, o Corsa Mutante, de São Paulo, levou a melhor sobre o Toyota Corolla Predador, do Paraguai - nesta edição o atual campeão ficará fora da disputa,


participando apenas na categoria Hours-Concours. O favoritismo antecipado da supermáquina azul na modalidade Show Car não é exagerado, afinal de contas ele chega com a credencial de ter sido


o "campeão moral" do 2.º Salão de Tuning de São Paulo, realizado em maio, considerado um dos mais importante da América Latina. Na oportunidade, o exemplar arrancou elogios do


público e de jornalistas especializados. Até o próprio Emerson Fittipaldi, bicampeão de F-1 e organizador do evento, apontava a obra de Gregorini como o virtual vencedor. "Fiquei


surpreso com o resultado. Quando falaram que o título foi para um Corsa, os demais expositores vieram me cumprimentar, queriam ver o troféu achando que eu tinha ganho. Só depois fomos


informados de que se tratava de outro Corsa, coincidentemente de propriedade da principal patrocinadora do Salão", conta o dono da loja Vídeo Som, em Medianeira. Desta vez, Gregorini


confia que o bom desempenho não se restringirá apenas aos elogios. Ele buscou aperfeiçoar detalhes no veículo para bater rivais da Argentina, Paraguai e Uruguai (leia mais na página ao


lado). Colocou cabos e filtros mais personalizados e adicionou suspensão a ar. "Queria realizar outras modificações, mas não tive tempo", observa. Na verdade, o modelo tunado foi


feito por Gregorini sob encomenda para a empresa Fuscão Branco, do Rio de Janeiro, especializada em som automotivo. Daí o apelido do Chevrolet modificado. O Corsa surgiu após quatro meses de


trabalho. Costruído em cima do modelo Wind, ano 95, ele ficou com a aparência que mais lembra uma nave espacial. De uma porta a outra saltam aos olhos as telas de DVD e aparelhos de CD,


além dos instrumentos medidores e contagiros. Para realçar o conceito futurístico, os dois bancos da frente foram removidos, dando lugar a um modelo concha, deslocado bem ao centro do


veículo. Essa alteração exigiu adaptações dos pedais e, principalmente, da coluna de direção. Os assentos traseiros também foram retirados para que se colocasse uma moderna aparelhagem de


som. A sensação de se estar à bordo de uma nave intergalática é pontencializada pelos quase 300 LED’s azuis espalhados na cabine, alguns estrategicamente colocados no teto que, ao se


fundirem com o azul da pintura, reproduzem um ceú estrelado. Desenhos com temas marítimos surgem por toda a lataria como se chamando os apreciadores de tuning a conhecer o futuro.