Supremo julga denúncia contra militares e ouve testemunhas do golpe

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O inquérito que INVESTIGA A TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO para tentar manter o ex-presidente JAIR BOLSONARO no poder dá passos importantes nesta semana. Hoje, o ministro ALEXANDRE DE MORAES,


do Supremo Tribunal Federal (STF), começa a ouvir as testemunhas convocadas na ação penal contra o chamado "NÚCLEO 1" — que envolve Bolsonaro e OUTROS SETE ALIADOS. Na terça-feira,


é iniciado o julgamento do terceiro grupo de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O "núcleo 3" é composto por 12 pessoas, sendo militares da ativa e da reserva


do Exército e por um policial federal (_veja a lista completa_). Segundo a PGR, esse grupo promoveu ações táticas para concretizar o golpe. Uma dessas táticas teria sido uma campanha pública


deliberada para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas a aderir à trama golpista. Eles são denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,


tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Caso a Primeira Turma aceite a denúncia da PGR, os


acusados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal. O colegiado é formado pelos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso; Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e


Flávio Dino. Até o momento, três grupos viraram réus na Suprema Corte pelo conluio, sendo 21 acusados. Entre eles, Bolsonaro, apontado como o líder do chamado "núcleo crucial".


Segundo a Procuradoria, o ex-presidente TINHA CIÊNCIA E PARTICIPAÇÃO ATIVA em uma trama golpista para se manter no poder e impedir a posse do presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. Também é


descrito um PLANO DE ASSASSINATO CONTRA AUTORIDADES e o apoio aos atos antidemocráticos de 8 DE JANEIRO DE 2023 como a última cartada do grupo criminoso.   COMO SERÁ Moraes começa a ouvir,


hoje, os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa de Jair Bolsonaro e de outros sete aliados. As oitivas se iniciam após Moraes NEGAR PEDIDO DA DEFESA DO EX-PRESIDENTE para adiar


as audiências.  Os advogados de Bolsonaro alegaram que o volume de provas apresentadas no processo é elevado e que enfrentam dificuldades técnicas para acessar integralmente os arquivos.


Moraes, no entanto, rejeitou o argumento, apontando que as defesas tiveram tempo hábil para se preparar desde a abertura da ação penal. Com a instauração do procedimento, haverá a fase de


produção de provas por parte da acusação e dos advogados de defesa. Nessa etapa, serão coletadas materialidades, realizadas oitivas de testemunhas e analisados todos os documentos que possam


reforçar ou enfraquecer a acusação. Conforme o cronograma estabelecido, as testemunhas de acusação serão ouvidas a partir das 15h. O depoimento das partes de MAURO CID, QUE FECHOU ACORDO DE


COLABORAÇÃO PREMIADA, será em 22 de maio, às 8h. No dia seguinte, começam a se manifestar as partes de defesa dos demais réus. Ao todo, foram indicadas 82 pessoas. Algumas são comuns a mais


de um citado.  Outro conjunto de testemunhas é composto de servidores públicos. A lista inclui militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, policiais e procurador, entre outros cargos.


Serão ouvidos o general Freire Gomes e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, comandantes do Exército e da Aeronáutica, quando foi minuta de golpe apresentada. O governador do Distrito


Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fazia parte da lista. No entanto, acabou dispensado pela PGR. Ele continua como testemunha de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de


Segurança Pública da capital na época dos atos golpistas de 8 de Janeiro, mas não é obrigado a comparecer. No dia seguinte, o governador de São Paulo, TARCÍSIO DE FREITAS (Republicanos),


deve depor como testemunha de Bolsonaro. Nessa mesma leva, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, serão ouvidos. Também estão previstos depoimentos do


ex-ministro da Saúde e deputado federal (PL-RJ) Eduardo Pazuello; e do ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Primeira Turma marcou sessões até quarta-feira


(26/3) para julgar Bolsonaro Antonio Augusto/STF Ex-presidente não falou com a imprensa no STF, mas antes disse que Moraes já tinha uma sentença pronta contra ele Antonio Augusto/STF


Ex-presidente é acusado por uma série de crimes que somados podem dar mais de 28 anos de prisão Antonio Augusto/STF 'É possível que Bolsonaro seja absolvido na ação criminal, porque o


julgamento está apenas começando', disse Moraes Rosinei Coutinho/STF Bolsonaro sentou na primeira fila da Primeira Turma do STF Rosinei Coutinho/STF Primeiro julgamento teve fala das


defesas dos sete acusados de envolvimento na trama golpista Rosinei Coutinho/STF Moraes diz que denúncia de golpe revela 'risco iminente' aos Poderes Gustavo Moreno/STF Moraes


pediu manifestação da PGR sobre possível prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) Antonio Augusto/STF Advogado afirmou que Bolsonaro autorizou mudanças nas Forças Armadas antes de perder o


mandato Antonio Augusto/STF Voltar Próximo A advogada Beatriz Alaia Colin, especialista em direito penal, explica a importância dessa etapa do processo. "Ações penais são demoradas,


ainda mais quando o caso é complexo e quando há três ou mais corréus. Todavia, vislumbra-se que o Supremo  tem dado prioridade e celeridade aos casos envolvendo a tentativa de golpe ocorrida


em 8 de Janeiro, sobretudo, acredita-se, em razão da gravidade dos crimes praticados, da lesão ao patrimônio público e da ameaça à democracia", afirma.  O advogado constitucionalista


Belisário dos Santos Júnior, por sua vez, aponta que, mesmo com os trâmites demorados, o Supremo corre contra o tempo para tentar encerrar o julgamento dos acusados até o fim do ano. O


receio é que o resultado aumente a polarização nas eleições de 2026. "A sociedade espera que o tribunal julgue isso. E, portanto, esses atos foram tremendos. As pessoas esperam que o


Supremo dê uma resposta, qualquer que seja essa resposta. Por isso, eu acredito que esse processo se encerra ainda neste ano, inclusive, com novas prisões", destaca o especialista. SIGA


NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS RELEVANTES PARA O SEU DIA VEJA QUEM FAZ PARTE DO NÚCLEO 3 * Bernardo Romão Correa Netto (coronel); * Cleverson Ney Magalhães (coronel da reserva);


* Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva); * Fabrício Moreira de Bastos (coronel); * Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel); * Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);


* Nilton Diniz Rodrigues (general); * Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel); * Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel); * Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel); *


Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel); * Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).