Sindicato de atores de hollywood processa fortnite por versão de ia de darth vader

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O sindicato de atores de Hollywood SAG-AFTRA anunciou nesta segunda-feira (19) que processou os produtores do videogame Fortnite pelo uso de inteligência artificial para gerar a voz do vilão


de "Guerra nas Estrelas", Darth Vader. A empresa desenvolvedora de Fortnite anunciou na semana passada que a família do falecido James Earl Jones havia autorizado que o personagem


Darth Vader fosse recriado com base na dublagem do ator na famosa saga de ficção científica. Usando modelos de IA, a Epic Games introduziu o personagem no Battle Royale, uma versão de


Fortnite em que se formam esquadrões para derrotar outros concorrente online. Os usuários aderiram rapidamente o personagem em suas missões e publicaram clipes de suas interações com um dos


vilões mais famosos do cinema. Apesar da popularidade, o Sindicato de Atores da Cine-Federação Americana de Artista de Televisão e Rádio (SAG-AFTRA, na sigla em inglês) afirmou que o uso de


IA em videogames deixa os intérpretes sem trabalho. "Devemos proteger nosso direito de negociar os termos e as condições em torno dos usos que vocês substituem o trabalho de nossos


membros, incluindo daqueles que fizeram o trabalho de combinar o icônico ritmo e tom de Darth Vader nos jogos", indicou o sindicato em um comunicado. O sindicato, que diz representar


cerca de 1.600 pessoas, afirmou que a subsidiária da Epic Games que produziu o jogo não comunicou seus negociadores sobre como se usaria a IA no jogo. O SAG-AFTRA disse que apresentou um


processo por prática laboral injusta ante a NLRB, uma agencia federal que protege os direitos dos trabalhadores. A Epic Games não respondeu ao contato da AFP sobre o tema, mas em um


comunicado publicado na semana passada, citou que a família de Jones estava de acordo com o projeto. A preocupação com o uso de IA no cinema, na televisão e nos jogos aumentou entre os


atores, que incluíram este tema nas negociações contratuais durante o conflito que paralisou a industria audiovisual americana em 2023. Nos Estados Unidos, o tema é parte das reivindicações


da greve que afeta várias gigantes dos games, entre eles Activision, Disney, Electronic Arts e Warner Bros. Games, desde julho de 2024. hg/pr/ad/lm/am