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Os agricultores familiares das áreas de veredas do Norte de MINAS decidiram se organizar em uma entidade, visando melhorar a cadeia produtiva dos frutos do cerrado e atuar em defesa do
ameaçado ecossistema. Eles criaram a Associação Central dos Veredeiros (Acever), que agrega 70 filiados de 43 comunidades espalhadas por cinco municípios que concentram veredas: Januária,
Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho e São Francisco. Os membros da associação se reúnem mensalmente na sede da entidade, na comunidade de Barra do Tamboril, próximo ao distrito
de São Joaquim, no município de Januária. Nos encontros, discutem questões como a otimização da comercialização dos frutos do extrativismo, a formação de parcerias, a proteção das veredas e
a recuperação de nascentes, além da valorização da “cultura veredeira”. O pequeno produtor Jaime Alves dos Santos, atual vice-presidente da Acever, a qual já presidiu, ressalta que um dos
temas discutidos pelos associados é a produção sustentável, com respeito à natureza. “Sabemos que o cerrado sempre vai gerar renda e emprego para todos nós. Então, nós aprendemos a plantar e
colher sem fazer nenhuma destruição”, diz Jaime, veredeiro da comunidade Capoeirão/Barra de Brejinho, próxima do distrito de São Joaquim, em Januária. “Aqui, a gente que trabalha com a
agricultura familiar, o tempo todo, produz de tudo um pouquinho”, diz o pequeno produtor, que entre outras práticas, aproveita frutos nativos do cerrado e faz o plantio consorciado de milho
com fava, cana e mandioca. ”O cultivo consorciado é muito importante para nós, agricultores, e também para o próprio terreno. Aí, ele recompõe as energias positivas que a terra precisa de
reproduzir”, diz. O vice-presidente da Acever lembra que os agricultores da região lançaram o “Movimento Veredeiros – Guardiões das Águas”, em defesa das conservação das nascentes,
realizando também outras ações para a proteção do cerrado. Ele assinala que na agricultura familiar, na produção de mel, no aproveitamento dos frutos nativos e em outras atividades dos
arranjos produtivos locais, os empreendedores rurais priorizam a proteção ambiental. “A maneira que a gente encontra para proteger a natureza é respeitar a biodiversidade, a flora e a fauna.
A gente tem que respeitar, principalmente, as áreas de nascentes, porque, assim como nós, os bichinhos também precisam de água”. Jaime afirma que os veredeiros da região de Januária e
municípios vizinhos, tentam, hoje, mitigar os pesados danos decorrentes do passivo ambiental deixado por grandes empresas que desmataram a região no passado, visando, principalmente, a
produção de carvão vegetal. “Nós, pequenos produtores, nos preocupamos com a preservação da natureza, porque nós já sofremos muito no passado com a chegada das grandes empresas. Elas chegam
fazendo uma grande devastação, com uma ótima propaganda, dizendo que vão gerar emprego e renda para todo mundo, e tudo mais. Realmente, geram emprego para poucos. Depois, fica todo mundo
sofrendo com a falta de água e com a destruição ambiental”, lamenta o veredeiro, lembrando que empresas usaram até o devastador correntão para desmatar grandes áreas de vegetação nativa na
região. Jaime assinala que os pequenos agricultores também se preocupam com a saúde das pessoas, evitando agrotóxicos. “Tudo que produzimos é alimento de boa qualidade. E é um alimento para
a vida, não para a morte”, garante. PRODUÇÃO QUILOMBOLA O conhecimento dos povos tradicionais, como os quilombolas, também se associa à produção sustentável, aliando geração de renda com a
conservação das veredas. O exemplo de sustentabilidade é dado pela pequena agricultora Sidnéia Barros, presidente da Associação Palmares Comunidade de Casa Armada/Limeira, área de
remanescentes quilombolas, de 40 famílias, no município de Januária. “Aqui a gente não maltrata a natureza. A gente aqui trabalha com aquilo que já temos, para não ficar cortando árvores”,
diz Sidnéia, lembrando que sua área de plantio é cercada de pequizeiros, e que mantém de pé outras espécies frutíferas do cerrado, que garantem o extrativismo, como o buriti, o umbu e o
jatobá. A liderança quilombola assegura que mantém a natureza intacta, tendo o cuidado de não causar nenhum dano ao meio ambiente, evitando até mesmo cortar galhos de árvore. “A gente
preserva muito bem. A gente não corta (nada). A gente não corta madeiras e não retira galhos para colher frutos como umbu, jatobá, pequi e buriti”, diz. Ela conta que seu terreno está junto
ao Rio Pandeiros, mas afirma que respeita a mata ciliar do manancial. “A gente não usa a beira do rio para expandir a plantação”, garante. Sidnéia ressalta a preocupação da comunidade com a
preservação do recurso hídrico. “Usamos água do Rio Pandeiros, mas a gente não esbanja e nem desperdiça. Só usamos mesmo o necessário para o bem-estar das nossas vidas”, declara. 1º Butter
Garlic Naan da Índia (Nota: 4.7) - Tradicional pão indiano assado no tandoor, feito com farinha maida, dahi, ghee e finalizado com alho e manteiga. Macio, aromático e extremamente saboroso.
Freepik 1º Butter Garlic Naan da Índia (Nota: 4.7) - Tradicional pão indiano assado no tandoor, feito com farinha maida, dahi, ghee e finalizado com alho e manteiga. Macio, aromático e
extremamente saboroso. Freepik 2º Parotta da Índia (Nota: 4.7) - Famoso no sul da Índia, esse pão folhado é preparado com farinha maida e ghee, resultando em camadas crocantes e textura
leve. Freepik 3º Amritsari Kulcha da Índia (Nota: 4.7) - Originário de Amritsar, é um pão recheado com batatas, cebolas, queijo e especiarias. Fino, crocante e cheio de sabor. Freepik 4º
Çarsamba Pidesi da Turquia (Nota: 4.7) - Pão típico da região de Çarsamba, macio e comprido, recheado com carne moída e cebola, assado com manteiga. Freepik 5º Pan de Bono da Colômbia (Nota:
4.6) - Pãozinho feito com polvilho, milho, queijo fresco e ovos. Tem formato arredondado e sabor levemente adocicado. Adobe Stock 6º Naan da Índia (Nota: 4.5) - Versão clássica do naan,
feito com fermento e leite, macio e ideal para acompanhar curries. Freepik 7º Piadina Romagnola da Itália (Nota: 4.5) - Pão italiano em formato de disco, recheado com presunto cru, queijos
cremosos e rúcula, grelhado na chapa. Freepik 8º Pão de Queijo do Brasil (Nota: 4.5) - Tesouro mineiro feito com polvilho e queijo. De origem africana e indígena, é crocante por fora e macio
por dentro. Freepik 9º Roti Canai da Malásia (Nota: 4.5) - Pão frito em chapa, de origem indiana, muito popular no Sudeste Asiático. Massa elástica, leve e folhada. Freepik 10º Bolo do Caco
de Portugal (Madeira) (Nota: 4.5) - Pão plano feito com batata-doce e farinha, assado sobre pedra de basalto. Normalmente servido com manteiga de alho. Freepik Voltar Próximo Além da
produzir alimentos como mandioca, abóbora, cebola, alho e pimentão, a mulher quilombola reforça a renda com a fabricação artesanal de biscoitos, temperos, condimentos e doces caseiros. Ela
trabalha juntamente com os seus três filhos, contando com a ajuda de parceiros do antigo quilombo. “Pra mim, é um privilégio muito grande e um orgulho trabalhar com agricultura familiar.
Comecei com pouco, mas a gente procura crescer sempre, plantando e colhendo”, conclui Sidnéia. INCENTIVO NO PASSADO Atualmente, os pequenos agricultores e empreendedores dos arranjos
produtivos da região de Januária contam com a parceria do Sebrae Minas, que presta apoio na melhoria dos seus negócios. “A analista do Sebrae Aline Magalhães lembra que são oferecidos para
os empreendedores capacitação em gestão agrícola por meio de cursos e treinamentos, além de consultoria personalizada para melhorar práticas de gestão e produção. “Ao facilitar o acesso a
mercados, conecta produtores a compradores e promove a participação em feiras, ampliando as oportunidades de negócios”, salienta Aline. A analista destaca que o Sebrae, além de estimular o
associativismo, incentiva o empreendedorismo ambiental e a bioeconomia, visando a promoção do desenvolvimento sustentável. “Apoiamos a criação de produtos naturais, como óleos essenciais,
extratos de plantas, alimentos funcionais e orgânicos, além de cosméticos feitos de plantas nativas. Nosso objetivo é combinar a proteção do meio ambiente com oportunidades de negócios,
beneficiando empreendedores e a comunidade”, assegura Aline. No passado, os agricultores da região de Pandeiros tiveram uma importante ajuda. Em 2002, foi implantado pelo Instituto Estadual
de Florestas (IEF) o Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Pandeiros. A iniciativa teve como objetivo substituir a produção do carvão de mata nativa e o plantio nas áreas de
vereda por plantios afastados das nascentes, com práticas sustentáveis, estimulando ainda a coleta de frutos nativos, produção de carvão do coco de babaçu, a produção de farinha de mandioca
e de rapadura, a apicultura e outras ações sustentáveis voltadas para a geração de renda, com a manutenção do cerrado em pé. SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS RELEVANTES PARA O
SEU DIA O gerente regional do IEF em Januária, Mário Lúcio Santos, afirma que relatórios do órgão mostram que a partir do projeto ocorreu a melhoria de vida da comunidade. "Houve o que
chamamos de aderência elevada às ações dco Projeto Pandeiros. Muitas famílias saíram do carvão e foram para outras atividades, nas quais permanecem até hoje”, relata Santos.