Segovia: pf deve concluir inquéritos da lava jato até o final do ano - diário do poder


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'META' PARA ENCERRAR AS INVESTIGAÇÕES, A PF MAIS QUE DOBROU A EQUIPE DA LAVA JATO 10/01/2018 13:44 | Atualizado 10/01/2018 13:44 ACESSIBILIDADE: text_increase text_decrease O


diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, disse nesta quarta-feira (10) que pretende concluir até o final deste ano as investigações da PF no âmbito dos inquéritos que tramitam no


Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive nos casos relacionados à Operação Lava Jato e à apuração do suposto pagamento de propina da empresa Rodrimar para o presidente Michel Temer. A


Polícia Federal mais que dobrou a equipe da Lava Jato que atua nos inquéritos envolvendo políticos no STF para tentar encerrar as investigações antes das eleições deste ano. Segovia


autorizou o nomeação de mais 8 delegados, 7 escrivães e 17 analistas para atuar no Grupo de Inquérito (GINQ) responsável pelas 273 investigações em andamento na Corte. No STF tramitam os


casos envolvendo políticos com foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado. A ampliação da equipe da PF foi um dos assuntos tratados nesta manhã durante a reunião de Segovia


com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Os dois conversaram por cerca de uma hora e meia. “Eram 9 delegados conduzindo investigações junto ao STF e agora temos 17. Havia vários


inquéritos que estão hoje aguardando laudos periciais e hoje praticamente o dobro da equipe de peritos. A gente espera no menor prazo possível concluir essas investigações. Esperamos não só


concluir os inquéritos no STF da Lava Jato, mas também todas as outras investigações que correm”, disse Segovia a jornalistas, depois do encontro com Cármen. “A nossa meta é concluir todos


os inquéritos hoje que já estão no STF até o final deste ano”, reforçou Segovia, ressaltando que a prioridade são “todos os inquéritos do STF”. Indagado se a meta não era ambiciosa, Segovia


respondeu: “A ambição é humana. É uma meta que a ministra Cármen Lúcia também quer, a doutora Raquel Dodge (procuradora-geral da República) também está imbuída nesse propósito, e acho que o


Brasil merece ter uma resposta quanto a essas investigações.” RESPOSTAS Sobre o inquérito do presidente Michel Temer, Segovia disse que aguarda as respostas do presidente às perguntas


formuladas pela PF “para que seja tomado um novo passo na investigação”. O ex-assessor da vice-presidência da República Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) é citado 38 vezes nas 50 perguntas


elaboradas pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura suposto pagamento de propina da empresa Rodrimar para o presidente. O inquérito, de relatoria do ministro Luís Roberto


Barroso, apura se a Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, foi beneficiada pelo decreto assinado pelo presidente em maio, que ampliou de 25 para 35 anos as concessões do setor,


prorrogáveis por até 70 anos. (AE)