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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, deixará o governo nas próximas semanas, segundo apurou o ESTADÃO/BROADCAST. Ele deve cumprir quarentena e ir para a iniciativa privada.
Mansueto já está discutindo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, um nome para sucedê-lo no cargo, cuja missão é controlar o caixa
do governo. Ele estava no posto desde abril de 2018. É a primeira perda importante na equipe de Guedes. Mansueto já vinha discutindo sua saída do governo com o ministro. A informação de que
sua demissão está próxima foi revelada neste domingo, 14, pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmada por um integrante da equipe econômica ao ESTADÃO/BROADCAST. Guedes já havia
manifestado o desejo de nomeá-lo diretor-executivo do Conselho Fiscal da República, colegiado a ser criado pela PEC do Pacto Federativo. Mas a crise provocada pela pandemia do novo
coronavírus acabou atrasando a tramitação de propostas estruturais no Congresso Nacional, e essa saída acabou ficando mais distante. ‘QUARENTENA’ Segundo apurou a reportagem, Mansueto
manifestou compreensão em relação à prioridade que será dada às medidas de retomada da economia, colocando a criação do Conselho Fiscal da República em segundo plano no momento. Por isso,
demonstrou o desejo de sair no fim do primeiro semestre deste ano para cumprir a quarentena exigida para ocupantes de cargos estratégicos (como é o comando do Tesouro Nacional) até que possa
ir para a iniciativa privada. O atual secretário do Tesouro sempre foi considerado “guardião” dos cofres do governo e fiador do processo de ajuste das contas públicas. Rumores de sua saída
sempre geraram preocupação no mercado financeiro sobre a continuidade dessa agenda. Segundo um integrante da equipe econômica, a saída de Mansueto não deixará o governo como um “time
liquidado quando o craque vai sair”. A avaliação dessa fonte é que o próprio secretário do Tesouro não tomaria essa decisão se houvesse a avaliação de que isso provocaria maior turbulência.
A percepção é de que o próprio Mansueto esperou passar o momento mais crítico da crise do novo coronavírus, quando o governo foi pego de surpresa e precisou correr para desenhar políticas
emergenciais para conter seu impacto, e decidiu sair quando teve a certeza de que isso não seria tão decisivo em termos negativos para o País.