Superlotado, hu pode fechar nas próximas horas para reduzir filas

feature-image

Play all audios:

Loading...

O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ (HU) poderá fechar as portas nas próximas horas para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) socorridos pelo Siate e pelo Samu, a fim de


reduzir a fila para o atendimento médico. A medida foi uma das possibilidades anunciadas na manhã desta quarta-feira (22), pelo superintendente do HU, o médico JOSÉ CARLOS AMADOR.


"Podemos fechar, hoje ou amanhã. Não é o que queremos, mas o atendimento já está sendo feito de forma desumana. Pedimos que os pacientes não se dirijam mais para cá", disse o


superintendente. Segundo Amador, a medida é também uma forma de garantir o funcionamento do sistema que envolve o HU e três hospitais privados da região: SANTA CASA, SANTA RITA e


METROPOLITANO. Ele diz que existe um acordo que estabelece que todos os pacientes atendidos pelo SAMU e pelo SIATE sejam encaminhados primeiramente para o HU e, depois, alguns deles seguem


para um dos três hospitais privados, de acordo com rodízio estipulado a partir da data de nascimento. O HU não concorda com o sistema, não renovou a parceria, mas mesmo assim, segundo


Amador, o sistema se manteve. O problema é que os hospitais privados demoram a abrir vagas e até se negam a receber os pacientes. A situação faz com que o HU fique superlotado. Na manhã


desta quarta-feira (23), por exemplo, a enfermaria tinha 93 pacientes, quando a capacidade é para apenas 31. Desses 93, 15 já deveriam ter sido levados para outros hospitais. "Não


concordamos que a fila dos outros hospitais se formem no HU", protestou. Um dos casos mais graves é o de JOSÉ VIRIZALDO DE LIZ, que está há 63 dias na enfermaria no HU, com uma fratura


exposta na perna, à espera de uma vaga no SANTA RITA. De acordo com o próprio paciente, ao longo da internação, o HU já realizou três procedimentos cirúrgicos no paciente, a fim de aliviar a


dor dele. Também faz parte do acordo a 15ª REGIONAL DE SAÚDE DE MARINGÁ, responsável pela gestão da central de leitos. De acordo ERCÍLIA AKIE FUKUI, diretora da regional, embora o acordo


tenha sido feito entre os hospitais e não preveja punição, cada um dos signatários assinou também um contrato de serviço com o SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), que prevê responsabilidades e


sanções contra os que se recusarem a receber pacientes. Sobre o acordo, Ercília entende que o sistema das datas de nascimento serve apenas para a distribuição inicial dos pacientes, não


impossibilitando que outros hospitais façam o atendimento. Sobre o caso especifico de Virizaldo, que aguarda atendimento há 63 dias, a diretora disse: "A minha equipe verificou que há


resolução dentro do HU. São conflitos de pareceres", disse. O OUTRO LADO A superintendência do Santa Casa confirmou a existência do acordo e negou que haja pacientes do hospital à


espera no HU. Todos aqueles que deveriam ser encaminhados já estão internados. O número de pacientes, no entanto, não foi informado. A equipe de reportagem entrou em contato com os hospitais


SANTA RITA e METROPOLITANO nesta manhã> Ambos ficaram de providenciar uma reposta sobre o questionamento.