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Depois do Mónaco, é a vez do Circuito de Barcelona-Catalunha receber o Grande Prémio de Espanha. A nona corrida da temporada vai trazer novidades para as equipas com regras que podem alterar
o desempenho dos carros nas provas que se seguem.
A McLaren voltou a dominar com a vitória de Lando Norris no Principado e o terceiro lugar de Piastri. Resta saber se as novas atualizações vão deixar a equipa britânica ainda mais líder ou
se estamos perto de assistir a um novo rumo da época.
Esta poderá ser uma das últimas provas de Fórmula 1 no traçado catalão, uma vez que o GP de Espanha vai passar a localizar-se em Madrid a partir de 2026.
O Mundial de Construtores continua, sem surpresas, a ser dominado de forma absoluta pela McLaren com um total de 319 de pontos. A distância é grande para o segundo lugar ocupado pela
Mercedes que conta com menos 172 pontos do que os líderes britânicos. Apenas a quatro pontos dos alemães está a Red Bull com 143 pontos. A Ferrari surge logo de seguida com 142 pontos, à
espreita de roubar o último lugar do pódio aos austríacos.
No campeonato de pilotos, a hegemonia continua a pertencer à McLaren com Oscar Piastri na liderança com 161 pontos. O colega de equipa, Lando Norris, está a três pontos, tendo recuperado a
distância no passado GP do Mónaco ao ter vencido a 'glamourosa' corrida no Principado.
Max Verstappen é terceiro classificado com 136 pontos, enquanto George Russell conta com 99 pontos. Nos quinto e sexto lugares, estão os pilotos da Ferrari (Leclerc e Hamilton) com 79 e 63
pontos, respetivamente. Antonelli, da Mercedes, está no sétimo posto (48 pontos), seguido por Albon (Williams) com menos seis pontos. Ocon é nono com 20 pontos e o rookie Hadjar completa o
top 10 com 15 pontos somados.
Esta corrida vai marcar um novo capítulo na modalidade com o aperto das regras em torno das asas flexíveis. Daqui em diante, a FIA vai implementar testes mais rigorosos que pretendem limitar
a flexibilidade excessiva dos elementos aerodinâmicos. Isto porque têm existido suspeitas de que há equipas que beneficiam indevidamente.
Resumindo, muitas asas dianteiras e traseiras eram aprovadas nos testes estáticos da FIA, mas, em alta velocidade, dobravam-se e aumentavam o apoio aerodinâmico nas curvas e reduziam o
arrasto nas retas. As principais queixas surgiram por parte da Red Bull e Ferrari que alegavam que a McLaren retirava vantagem.
Com as novas regras, no teste de Carga Vertical (100N), deflexão máxima autorizada passa de 15 mm para 10 mm de forma simétrica e de 20 mm para 15 mm apenas num dos lados. No teste de aba da
asa dianteira (60N), o novo limite de deflexão é de 3 mm ao invés de 5mm.
Resta saber qual vai ser o impacto destes ajustes nos monolugares e se os desempenhados vão ser alterados de forma positiva ou negativa em algumas equipas.
O Circuito de Barcelona-Catalunha situa-se em Montmeló e é uma das etapas mais icónicas do Mundial da categoria.
É uma das pistas de testes regulares e costumava ser a primeira corrida da temporada na Europa. Contudo, o calendário mudou, mas é provável que as equipas possam ter uma boa referência
quanto às atualizações nos carros. A proximidade com as fábricas poderá beneficiar o uso de novas peças, podendo dar origem a mudanças significativas nos desempenhos.
É um traçado que privilegia a lado aerodinâmico dos carros e exige uma eficiência para que existam bons resultados. Para além disso, a qualificação costuma ter um papel importante para a
corrida principal.
A pista de Montmeló tem um extensão de 4.657 metros com uma sequência de curvas desafiadores e de longas retas que articulam variações de velocidade que testam a aerodinâmica, tração,
equilíbrio e os pneus de cada monolugar. Há 14 curvas, oito à direita e seis à esquerda.
O recorde de volta mais rápida pertence a Max Vertsappen, em 2023, com um total de 1:16.330s.