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Mesmo depois de passar pelo plenário da Câmara de Vereadores e ser aprovado por unanimidade, no dia 29 de outubro, o Projeto de Lei 61/2013, que pretende facilitar a instalação de antenas de
telefonia móvel em Itabira, ainda rende discussões. A matéria era para ter sido votada em segundo turno nessa terça-feira, 5 de novembro, mas saiu de pauta depois de um pedido de vista de
Solimar Silva (SDD). Durante a reunião de comissões desta quarta-feira, 6, a proposta foi novamente debatida. O foco, dessa vez, é a questão ambiental e a exposição à radiação, já que as
antenas vão estas mais próximas das residências. A reunião teve a participação do secretário municipal de Meio Ambiente, Nivaldo Ferreira, e de membros do Conselho Municipal do Meio Ambiente
(Codema). O representante do Executivo e os conselheiros mostraram preocupação com a radiação e questionaram se não seria maior a incidência de cânceres. Com um manual de instruções de um
celular em mãos, a engenheira Maria Auxiliadora Silva Matoso afirmou que se até mesmo os aparelhos transmitem radiação, as antenas espalhariam ainda mais. “A preocupação da Secretaria de
Meio Ambiente é de ter alguma margem, algum grau de segurança, principalmente em relação à saúde das pessoas. Quais seriam as distâncias adequadas para instalações das antenas em relação às
residências?”, questionou o secretário Nivaldo. FARTO O vereador Ilton Magalhães (PR), autor do projeto de lei em parceria com Geraldo Torrinha (PDT), Marcela Cristina (PR) e Lúcio Mauro
(PSC), defendeu a matéria e se mostrou farto de tanta discussão em torno da proposta. Ele pediu que o PL seja colocado em votação e que os vereadores que não concordem votem contrário. O
projeto deu entrada na Câmara no dia 1º de outubro e, desde então, tem sido intensamente debatido em reuniões entre os vereadores e também com a participação de secretários municipais.
Alterações já foram feitas e a matéria foi colocada em votação em primeiro turno. Mesmo com aprovação por unanimidade, alguns legisladores ainda estão inseguros. Para Ilton, chegou a hora de
votar. “São as mesmas discussões desde quando apresentamos o projeto. Os colegas pediram para que nós segurássemos um pouco um projeto, nós seguramos; pediram para que a gente convidasse os
secretários, nós convidamos, eles vieram e concordaram com o projeto, sugeriram algumas modificações e nós acatamos. Mas, depois de uma nova discussão, levanta-se de novo a mesma discussão
que foi levantada há dez anos, sobre a ionização e o perigo do câncer”, comentou. “Toda discussão é salutar, mas tem que ter um limite. Nós estudamos bastante o projeto, fizemos com a
melhor das intenções, para melhorar o sinal da telefonia celular e também da internet”, disse o vereador. Segundo Ilton, a Anatel é o órgão fiscalizador e possui métodos para medir o grau de
ionização e avaliar se está prejudicial ou não à saúde dos itabiranos. EMENDAS O projeto já possui duas emendas. Uma assinada pelos vereadores Solimar Silva (SDD) e Tãozinho Leite (PP),
para que seja exigida contrapartida das empresas para a cessão de áreas públicas, e outra exclusiva de Tãozinho, que exime as antenas que já estão instaladas de se enquadrarem na nova
legislação. Esse segunda emenda não foi bem vista pelos demais vereadores. É que o projeto estipula que as empresas que já possuam antenas em Itabira elaborem projetos executivos e os
entreguem na Secretaria de Desenvolvimento Urbano em até dois anos. Pela emenda, essas empresas não precisariam mais fazer isso, mas apenas entregar um mapa com a localização dos
equipamentos. O argumento de Tãozinho é que firmas itabiranas possuem antenas na cidade e não teriam condições de arcar com os projetos. Outras emendas devem aparecer. Segundo o secretário
Nivaldo Ferreira, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente vão se reunir e propor alterações aos vereadores. “A intenção é fazer uma revisão no projeto, inclusive analisando a legislação
federal que está sendo discutida em Brasília e propor algum aperfeiçoamento neste projeto. Vamos trabalhar isso até o final da semana para apresentar o que a gente entender o que é
adequado”, comentou. Ilton Magalhães vê com naturalidade a inclusão de emendas ao projeto de sua autoria. “Ao plenário cabe aprovar as emendas ou não, ou aprovar o projeto ou não. Parece que
alguns técnicos da Secretaria de Meio Ambiente irão apresentar algum tipo de proposta de emenda para os vereadores. Se um dos vereadores vier a pegar essa emenda como positiva e decidir
apresentá-la ao projeto, é uma prerrogativa do vereador”, disse.